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Edgar Koetz (Porto Alegre 6/8/1913-69)

 

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Publicado por em 30/07/2010 em Capas da Revista do Globo

 

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Memorial Fake

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A Retrô Renner, recém inaugurada na Rua dos Andradas, 1416. Bairro: Centro … Histórico adotou como estratégia a requalificação de um imóvel tombado pelo patrimônio histórico, há três décadas atrás, em desuso, ou uso inadequado, tratando de aliar o conceito vintage, incluindo no interior da Loja, imagens do patrimônio gráfico, ao invés do próprio, como: livros raros com capa em madeira de lei, tecido, papéis de guarda, evolução dos ex-libris da Livraria do Globo, que estão nas mãos de quem preservou e se dedicou à pesquisa e estaria capacitado a alcançar para enriquecer este espaço precioso, a finalidade é clara: alavancar suas vendas através deste chamariz-zeitgeist. O discurso-sacada do Galló é bonito “erguemos este espaço em memória a um local que abrigou a história cultural da cidade e incentivou o progresso intelectual do Brasil“, em outras palavras, mais um investimento, desprovido de ‘otros tiempos’.

O projeto expositivo destinado ao memorial foi parcamente otimizado, purtroppo enxuto, me parece elaborado por quem não sentiu na pele o que foi a Editora do Globo e não entende de memorabilia, resultado da ação: poucas obras e não fundamentais para remontar a história, em exposição, como se fossem somente exemplares-restos-mortais, uma alusão para inglês ver e não para trazer à tona uma realidade efervescente que projetou Porto Alegre para o resto do país e magnificamente formou toda uma geração de exímios ilustradores, gráficos, encadernadores.

A Revista do Globo ganhou um tributo, tipo fundo de palco, disposto em forma de grade, na parede do canto, com capas das edições distribuídas aleatoriamente, executadas por Sotero Cosme, João Fahrion, Dimas Alonso, Francis Pelichek, Carlos Oswald, Stelius, Benjamin Nole Coutinho, Edgar Koetz, Lorenzo Zaladz. 

Perante os recursos da época, os trabalhos acadêmicos que visam restaurar este passado e os audiovisuais atuais poderia ser viável uma máquina do tempo, estilo tótem, com um terminal computadorizado, onde fosse possível acessar as informações visuais pertinentes ao design gráfico gaúcho, ali artisticamente praticado.

O Globo

Ao mansueto Mansueto

O Globo é alto como o Antonio Dias.

Tem uma fachada cheia de penduricalhos:

bugigangas, besteiras, bruxarias,

até parece um bazar improvisado lá na altura …

O Globo,

mesmo com esse ar assim bricabraquemente bobo,

é imprescindível, necessário:

está recheado de sabedoria,

e expõe regularmente pelas vitrinas

todo o pessoal que brinca de fazer literatura.

(O Globo até parece um presente de anniversario …)

Tristão Dadá em 9/10/1926

 
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Publicado por em 31/03/2012 em Sem categoria